O grupo Luminae, especializado em soluções de iluminação eficiente, prevê inaugurar neste trimestre sua nova fábrica de luminárias sustentáveis, em Osasco (SP). Com a unidade, a expectativa da companhia é praticamente dobrar a capacidade de produção, para cerca de 1 milhão/ano de luminárias eficientes, e ampliar em cerca de 50% o faturamento em 2020, para R$ 280 milhões. A meta é alcançar faturamento de R$ 500 milhões, em 2022.
Para realizar o investimento na nova fábrica, a Luminae captou em novembro R$ 80 milhões em uma emissão de debêntures, em seu primeiro acesso ao mercado de capitais, em oferta coordenada pelo Itaú BBA. As debêntures têm prazo de quatro anos.
“Com a questão da debênture, temos que seguir algumas regras de governança e auditoria. Isso torna a empresa mais confiável para o mercado financeiro e vai facilitar as próximas captações que vamos precisar, se continuarmos crescendo nesse ritmo”, afirmou o fundador e presidente da Luminae, André Ferreira, ao Valor.
O diretor financeiro do grupo, Rodrigo Giacometti, lembrou que, com as debêntures, o custo de captação da empresa caiu em 30%. Segundo o executivo, os recursos da emissão de debêntures são destinados a três finalidades: a construção da fábrica em Osasco, a quitação de dívidas de curto prazo e o aumento da capacidade financeira para desenvolver os projetos para para os clientes.
Este terceiro ponto é importante porque a própria a Luminae financia os projetos. Na prática, a empresa elabora o projeto, calcula a economia que será possível obter no consumo de energia e monta um financiamento para o cliente com base em uma parcela fixa oriunda da economia estipulada. A recuperação do investimento, em geral, é
inferior a dois anos. Segundo Ferreira, normalmente é possível obter economia no consumo de energia entre 70% e 80%. “Oferecemos uma solução completa de eficiência energética, ‘turn-key’ [em que o fornecedor entrega o projeto concluído, pronto para ser operado], que vai desde o  desenvolvimento do projeto, fabricação das luminárias e das lâmpadas led e a instalação do sistema”, explicou Ferreira. “Não vendemos um produto. Não vendemos uma lâmpada, uma luminária. Nós vendemos uma solução customizada de eficiência
energética. Vendemos o resultado final”.
A carteira de clientes é formada principalmente por empresas comerciais e industriais. Segundo Ferreira, a Luminae atende mais de 80% das grandes redes de supermercados  atacadistas do Brasil. O novo passo é aumentar o atendimento para indústrias e galpões logísticos. O grupo também ampliou o portfólio de negócios e atua em quatro frentes: fabricação das luminárias, sistema de energia solar fotovoltaica, gestão e monitoramento
remoto do consumo de energia e prestação de serviços.

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