Iluminação ainda é o maior negócio mas potencial de crescimento da GD poderá elevar a nova unidade à condição de mais importante fonte de receita

 

MAURÍCIO GODOI, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DE SÃO PAULO (SP)

A Luminae Energia celebrou em 2018 sua primeira década de atuação e tem como próximos passos a diversicação de seu portfólio de produtos. Originalmente surgiu como uma empresa para projetos de eciência energética em 2008. Depois do aporte do fundo de investimento GEF Capital dos Estados Unidos ampliou seu escopo e hoje tem outras divisões de negócios. Os projetos de iluminação que são o carro chefe e primeiro produto da companhia continuam sendo a linha mais importante da empresa, mas a caçula dentro do grupo que é a unidade responsável por sistemas de geração distribuída é classicada como a de maior crescimento potencial no médio prazo.
O CEO do grupo, André Ferreira, a expansão do portfólio veio com a entrada do sócio investidor. Essa injeção de capital proporcionou à empresa a mudança de endereço e estabelecimento de uma fábrica própria de lâmpadas LED com capacidade de produção quatro vezes maior do que a anterior. A automação dos processos, continuou ele, foi o fator primordial para essa elevação da produção local. A Luminae, destacou o executivo, utiliza os dispositivos LED produzidos pela japonesa Nichia.
Hoje, contou, a Luminae possui quatro divisões de atuação, além dos serviços de iluminação para grandes ambientes, que foi a origem da companhia, atua em serviços, gestão e monitoramento e em geração distribuída, a mais recente linha que adotou. E a expectativa da empresa é de que este último deverá alçar um crescimento expressivo diante da necessidade do mercado nacional. Segundo ele, poderá até mesmo a ultrapassar e ser o segmento que mais contribuirá com o resultado da companhia.
“Criamos dois focos em paralelo, um para atendimento a grandes projetos em clientes que já atendemos aproveitando nossa liderança no segmento de varejo e outro para os clientes nais de menor porte para ganhar volume e ser mais competitivo nesse segmento por meio de parcerias com integradores” , explicou ele. “Acredito que nos próximos dois a três anos a iluminação que é nosso carro chefe deverá continuar sendo nossa maior fonte de receita, mas o potencial da GD é bem interessante, no médio prazo poderá car no mesmo patamar, estimo que em 45% para iluminação e 45% em GD e os 10% restantes para as outras divisões” , armou Ferreira.
Atualmente o segmento de iluminação responde pelo maior volume de faturamento. O executivo lembra que a trajetória da empresa iniciou ainda quando estava terminando a faculdade de engenharia elétrica. À época, comentou, percebeu que havia um potencial ainda inexplorado de ações que poderiam levar à redução do consumo. Os primeiros projetos conquistados foram em supermercados e foi assim que conseguiu expandir os negócios nesse segmento.
“Naquela época não se falava em LED estávamos implantando projetos ainda baseados em lâmpadas uorescentes onde conseguimos aplicar uma tecnologia de espelho que permitia aumentar a luminosidade com número menor de lâmpadas” , lembrou. “Hoje estamos presentes em 9 entre as 10 maiores redes de supermercados do país” , calculou.
A migração para o LED veio em 2014 quando começaram a produzir as primeiras lâmpadas, o que hoje, comemora, é um dos maiores diferenciais da companhia no mercado por não restringir o trabalho apenas ao projeto e sim promover uma solução ao cliente, propagandeou. Hoje, além do varejo as empresas do grupo estão diversicando as áreas de alcance tanto que estão participando de diversas feiras como a Intermodal, realizada na segunda quinzena de março pela controladora do Grupo CanalEnergia, a Informa Exhibitions. Além de galpões logísticos a empresa passou a atender indústrias de diversos segmentos para a ampliação de seu alcance.
Entre os serviços está a promoção de projetos turn key, bem como gestão e monitoramento tanto em uma central própria quanto no cliente a depender do tamanho e do pedido desse cliente. Inclusive, podem setorizar as medições de acordo com a aplicação demandada. Nos negócios, apontou ele, entram projetos em construção mas o mais expressivo ainda são os retrots. E indica, “mesmo na iluminação ainda há muito o que fazer no Brasil, pois é possível alcançar economia de 70% de energia, em um projeto de R$ 1 milhão é possível ter o payback em 20 meses”, exemplicou. “A aplicação do LED ainda tem um potencial grande de penetração no país”, finalizou.

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